Todos os conceitos que acreditamos ser verdade — como o bem e o mal, bonito e feio, melhor ou pior — são na verdade uma ilusão. E nesse blog, inspirado no vídeo do canal Sala Vazia, você vai entender como mamilos provam isso. Sim, mamilos... peitos! Preparado? Vamos nessa.
Bonito e feio: a ilusão da beleza
Pense em uma pessoa que você considera bonita. Pensou? Agora, prepare-se para a revelação: todas as características que fazem essa pessoa ser bonita para você são apenas variações químicas do corpo humano.
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Olhos e pele
Você pode ter pensado na cor dos olhos — azuis, verdes ou pretos. Mas essa diferença está apenas na quantidade de melanina (o pigmento que dá cor). Quanto mais melanina, mais escuros os olhos; quanto menos, mais claros. Inclusive, olhos pretos não existem — o que temos são olhos castanhos escuros. E o mesmo vale para a cor da pele: a única diferença entre peles claras e escuras é... melanina. -
Cabelo
Liso, crespo, cacheado? Tudo isso depende da distribuição da queratinade, a proteína principal do cabelo. Se a distribuição for desigual, o fio se curva e vira um cacho. Se for uniforme, o fio fica liso. Tudo isso, por causa de uma simples proteína. -
Outros traços “bonitos”
Muitas das coisas que consideramos bonitas ou feias são meras variações químicas do corpo.
Mas então... a beleza existe?
Para a filosofia, esse debate é antigo. Ele começa na Grécia Antiga, por volta do século V a.C., com Platão e Aristóteles.
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Platão acreditava que a beleza é uma ideia perfeita e eterna, algo que existe independente do ser humano.
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Aristóteles via beleza como harmonia e proporção. Ambos acreditavam que existe um padrão universal de beleza.
Essas ideias ganharam força com estudos como:
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Estudo 1 (1998) de Gillian Rhodes et al., que mostrou que pessoas tendem a se atrair por rostos simétricos.
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Estudo 2 (1999), no qual bebês de 6 meses passavam mais tempo olhando para rostos simétricos, sugerindo uma preferência inata antes de qualquer influência cultural.
Mas então vem a pergunta: Se a beleza é universal, como explicar os gostos tão diferentes entre culturas e épocas?
A beleza está nos olhos de quem vê?
David Hume, no século XVIII, dizia:
“A beleza não está nas coisas, mas nos olhos de quem vê.”
Para ele, a beleza é relativa e muda de pessoa para pessoa, de cultura para cultura. Friedrich Nietzsche pensava parecido no século XIX, dizendo que a beleza é uma construção social, moldada pela época.
Essas ideias também são respaldadas por estudos como:
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Estudo 1 (1995), que mostrou que enquanto a simetria facial é valorizada em várias culturas, outras características (como tamanho do corpo) variam.
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Estudo 2 (1993), que relacionou atração física com saúde e fertilidade, sugerindo um fator evolutivo.
Mas e daí? Por que isso importa?
Porque independentemente da origem da beleza, ainda vivemos em um mundo onde pessoas são julgadas, perseguidas e até mortas por simples pigmentos e proteínas.
Guerra por mamilos?
No episódio “Auto Erotic Assimilation” (T2E3) da série Rick and Morty, há uma guerra entre duas raças alienígenas… por causa do formato dos seus mamilos: uma tinha mamilos planos e concêntricos, a outra, em formato de cone. Isso foi o suficiente para causar um conflito.
Parece absurdo, né? Mas o mundo real é ainda pior.
O mundo real: guerras por “mamilos humanos”
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Noite dos Cristais (1938)
Soldados e civis na Alemanha nazista saíram às ruas em uma onda de destruição: sinagogas foram incendiadas, lojas saqueadas e judeus assassinados — tudo por um preconceito étnico tão sem sentido quanto o formato dos mamilos.
Isso marcou o início de um dos períodos mais sombrios da história: o Holocausto.
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Mais de 6 milhões de judeus foram mortos.
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E entre 70 e 85 milhões de pessoas morreram durante a Segunda Guerra Mundial.
“Que o exemplo dos que foram exterminados aqui entre 1933-1945 por resistir ao Nazismo ajude a unir os vivos para a defesa da paz e da liberdade e no respeito pelos seus semelhantes”
— Inscrição no Campo de Concentração de Dachau, Alemanha
“O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento.”
— Stephen Hawking
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Escravidão no Brasil (1530–1888)
Milhões de africanos foram sequestrados, transportados em condições desumanas e forçados ao trabalho escravo por séculos — tudo por causa de um simples pigmento.
“Aqueles que não conhecem a história estão condenados a repeti-la.”
— Edmund Burke
Bem e Mal: outra ilusão?
Imagine a seguinte cena: você está em um supermercado e vê um jovem correndo com uma mochila cheia de produtos, sendo perseguido por um segurança. A primeira reação é: “Ladrão! Isso é errado!”
Mas… e se ele estiver levando comida para alimentar sua família?
Será que o mal é mesmo tão claro assim?
Conclusão
Se beleza , bem e mal podem ser desconstruídos por substâncias químicas, variações culturais ou contextos sociais... então o que mais na nossa vida é só uma ilusão que a gente nunca questionou?
Talvez... nada faça sentido mesmo. E talvez, só talvez, os mamilos sejam a melhor metáfora para provar isso.